Você sabia?
"Cão grande, amarrado à soleira da porta de uma casa onde estava de guarda."
— Giuseppe Fiorelli na sua Guida di Pompei, 1877.
Este é o molde do cão de guarda de Marcus Vesonius Primus. O animal estava amarrado à entrada da Casa di Vesonius Primus, também conhecida como Casa de Orfeu, em Pompeia, quando o Monte Vesúvio entrou em erupção em 79 d.C. Incapaz de escapar, o cão morreu, e a sua pose contorcida sugere um esforço desesperado para se libertar até ao seu último suspiro.
Provavelmente, o cão sufocou até à morte ou foi vencido pelo calor extremo. O seu corpo foi coberto por cinzas vulcânicas que se solidificaram antes de se decompor, deixando um vazio no solo. Quando esse vazio foi descoberto por arqueólogos em 1874, foi preenchido com gesso, criando o molde do cão nos seus momentos finais.
Este molde está atualmente em exposição no Antiquarium di Boscorea, a noroeste de Pompeia, em Itália. O museu fornece a seguinte informação:
"O molde obtido por vazamento de gesso na impressão deixada pelo cão no material eruptivo de 79, mostra um espécime de Canis Catenarius atribuído, ou seja, à custódia da casa. O exame das caraterísticas morfológicas, possibilitado pela perfeição do molde, embora não permita a identificação de uma raça precisa, coloca-o, no entanto, entre os aptos também para a caça".
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